Escaldados pelo frágil desempenho da base governista no Senado no primeiro mandato do presidente Lula, líderes do PT preparam uma ofensiva para fortalecer a sustentação na Casa. A expectativa, segundo o senador Tião Viana (PT-AC), é de reunir este ano no bloco de apoio ou a seu redor, como simpatizantes, pelo menos 47 senadores. Na prática, significaria ter o apoio de metade mais seis dos 81 senadores.
A situação do governo seria bem mais confortável do que a da legislatura passada, quando a soma dos votos da base ficava em torno de 38 parlamentares. Para Tião, a meta de expandir a base se sustenta na aliança com o PMDB, que crescerá de 18 para 20 votos, nos 22 votos do PT e de seus aliados do bloco e em prováveis adesões de senadores recém-eleitos.
Entre os nomes com que o Planalto espera contar para reforçar a base estão o do ex-presidente Fernando Collor (PRTB-AL) e dos senadores Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e Francisco Dornelles (PP-RJ). Ao contrário de alguns de seus colegas que ainda cobram a retomada da liderança do governo para o PT, Tião considera imprescindível manter o cargo com o PMDB – mais precisamente, com seu atual ocupante, senador Romero Jucá (RR). Ele avisa que não entrará na "briga" por esta liderança, mesmo com a intenção de parte da bancada de indicá-lo para o cargo.
