PT deve reunir 47 aliados no Senado, diz Jorge Viana

Escaldados pelo frágil desempenho da base governista no Senado no primeiro mandato do presidente Lula, líderes do PT preparam uma ofensiva para fortalecer a sustentação na Casa. A expectativa, segundo o senador Tião Viana (PT-AC), é de reunir este ano no bloco de apoio ou a seu redor, como simpatizantes, pelo menos 47 senadores. Na prática, significaria ter o apoio de metade mais seis dos 81 senadores.

A situação do governo seria bem mais confortável do que a da legislatura passada, quando a soma dos votos da base ficava em torno de 38 parlamentares. Para Tião, a meta de expandir a base se sustenta na aliança com o PMDB, que crescerá de 18 para 20 votos, nos 22 votos do PT e de seus aliados do bloco e em prováveis adesões de senadores recém-eleitos.

Entre os nomes com que o Planalto espera contar para reforçar a base estão o do ex-presidente Fernando Collor (PRTB-AL) e dos senadores Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e Francisco Dornelles (PP-RJ). Ao contrário de alguns de seus colegas que ainda cobram a retomada da liderança do governo para o PT, Tião considera imprescindível manter o cargo com o PMDB – mais precisamente, com seu atual ocupante, senador Romero Jucá (RR). Ele avisa que não entrará na "briga" por esta liderança, mesmo com a intenção de parte da bancada de indicá-lo para o cargo.

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