Em reunião ontem à noite, a Executiva Nacional do PT decidiu abrir comissão de ética nos diretórios municipais para expulsar o ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso e o ex-sindicalista Oswaldo Bargas, dois dos principais personagens da tentativa de compra do dossiê Vedoin, contra tucanos, na campanha eleitoral. Para reduzir o impacto da medida, no entanto as investigações não serão abertas pelo diretório nacional do partido, mas sim pelas seções nas quais os dois estão filiados.

continua após a publicidade

Ao contrário dos outros envolvidos, os dois não se desfiliaram e contestam o fato de terem sido ?politicamente expulsos? em outubro. Pelo estatuto petista, um filiado só pode ser expulso após processo na comissão de ética.

Ontem, na primeira reunião com a cúpula após reassumir a presidência do PT, no início do mês, o deputado Ricardo Berzoini (SP) conduziu o debate de forma a reduzir o desgaste para o partido e o governo. Amigo do presidente Lula, Bargas está filiado no diretório de São Bernardo do Campo (SP) e Expedito no de Brasília. Na época do escândalo, Berzoini foi afastado da campanha e da presidência do PT, mas a Polícia Federal o inocentou.

continua após a publicidade