A coordenação de campanha do candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou nesta sexta-feira (25) a criação do Núcleo Estratégico de Acompanhamento da Apuração, com objetivo de fiscalizar a contagem dos votos e evitar fraudes no segundo turno das eleições. De acordo com o chefe do núcleo, Joaquim Soriano, o trabalho do grupo também visa ?contribuir? para o aprimoramento do sistema de apuração eleitoral.
Na prática, esse núcleo já funcionou no primeiro turno, com o acompanhamento local da apuração de 12 mil urnas e emissão de boletins desses locais para comparação com os resultados consolidados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O esquema será repetido agora, mas, segundo os petistas, de maneira mais eficiente.
Uma central de informações será montada no comitê central de Lula, em São Paulo. O núcleo será formado por especialistas de pesquisas e de informática. Pelo menos 4.500 urnas serão monitoradas – apesar do número ser menor que no primeiro turno, os petistas alegam que a distribuição da fiscalização será ?mais balanceada?.
O grupo terá em mãos os resultados do primeiro turno, pesquisas de intenção de votos mais recentes e pesquisas de boca-de-urna do Ibope do Datafolha. ?Faremos um acompanhamento da marcha de apurações das urnas?, disse Soriano. O comitê petista recebeu a garantia do TSE que as cópias dos dados parciais da totalização eletrônica serão colocados à disposição do partido antes da meia-noite de domingo. No primeiro turno, segundo os petistas, houve muito atraso.
Discrepância – Segundo Soriano, o PT identificou algumas ?discrepâncias? no sistema de totalização de votos no primeiro turno.
?Foram dados de urnas que chegaram diferentes ao TSE, mas isso pode ser explicado pela substituição das urnas com defeitos.? Apesar desses pequenos problemas, o coordenador do núcleo disse que não houve influência do resultado das eleições presidenciais. ?Entre os dados do TSE e nossos boletins, houve discrepância de 0,37%?, disse Soriano.
