A Direção do PT do Paraná decidiu no fim de semana declarar-se independente do governo do Estado, o qual ajudou a eleger, com a adesão no segundo turno. Para o chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, a decisão interna da agremiação paranaense apenas reflete a posição do PMDB nacional.

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"Respeitamos a decisão do PT e vamos buscar conversações sempre em projetos de interesse da população paranaense", disse. Quintana também lembrou que, nos dois anos de governo estadual, o suporte do PT nem sempre foi homogêneo.

"A relação do PT com o governo Roberto Requião (PMDB) será, exclusivamente, institucional, ocorrendo, portanto, através das instâncias partidárias, mantendo o caráter de total independência, apoiando projetos de interesse para o povo do Paraná", diz o documento do encontro.

A recomendação é para que os nove deputados estaduais do PT deliberem os projetos em pauta de forma autônoma, "sempre dialogando com os setores sociais". Por fim, o partido recomenda que os petistas que integram o governo do Paraná, "em caráter pessoal e por escolha do governador", tornem disponíveis os cargos. Hoje, a Secretaria do Emprego e Trabalho está com o secretário petista Padre Roque Zimmermann e a liderança do governo na Assembléia Legislativa com o deputado Natálio Stica (PT).

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Stica disse que terá uma conversa com Requião e porá o cargo à disposição, embora acredite que continuará como líder. Para ele, a decisão do comando da legenda facilitará o trabalho dele. "Apenas oficializa uma posição que o PT já tinha", disse. Segundo Stica, três deputados da sigla votavam contra o governo do Estado e os outros seis eram favoráveis. Não havia discussão por parte da bancada, o que passa a ser agora uma deliberação da executiva. "Agora, vou poder discutir cada caso", afirmou.

"Como líder do governo, vou defendê-lo." A assessoria de Padre Roque Zimmermann informou que ele não seguirá a orientação para entregar o cargo, permanecendo na secretaria enquanto o governador do Paraná quiser.

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