PSDB transfere comando de São Paulo para PFL

A dança de cadeiras provocada pela desincompatibilização de candidatos nas próximas eleições, ocupantes de cargos no Poder Executivo, vai premiar o PFL como nenhum outro partido. A partir de abril, a legenda deixa o posto de coadjuvante em São Paulo. Pode, pelo menos até o fim do ano, controlar o Estado, a Prefeitura da capital, e a Assembléia Legislativa.

"Nesse cenário, teremos condições de eleger mais dois ou três deputados federais no Estado", diz o secretário-geral do PFL, Saulo Queiroz, que ainda planeja selar um acordo para que o PSDB apóie a reeleição de Gilberto Kassab à Prefeitura, em 2008, caso o tucano José Serra realmente se afaste para disputar o governo estadual. Seria esta a jóia da coroa. Independentemente de qualquer acordo para o futuro, Kassab teria, no mínimo, mais da metade do mandato à frente da principal cidade brasileira. "Quem poderia sonhar com isso?", sustenta Queiroz, referindo-se ao cenário paulista. Mas este não é todo o saldo. O PFL também será beneficiado em Pernambuco.

O governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) renunciará para concorrer ao Senado. Assume o vice Mendonça Filho (PFL), que disputará a reeleição. "Dos quatro governadores do PFL, apenas Cláudio Lembo (que substituirá o governador Geraldo Alckmin) não será candidato à reeleição", diz Queiroz. "Com a visibilidade no Estado e na Prefeitura, vamos aumentar nossa bancada federal em São Paulo." Em 2002, o PFL elegeu 7 deputados federais. O comando da Assembléia veio em 2005, depois de Rodrigo Garcia derrotar o candidato de Alckmin.

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