PSDB prepara “exército livre” para segundo turno

Convencido de que o segundo turno da eleição presidencial vem aí, com um embate entre José Serra (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o coordenador político da campanha tucana, deputado Pimenta da Veiga (PSDB), já começou a montar o time de aliados que o adversário Lula terá que enfrentar.

Ele aposta na força de um “exército livre” de pelo menos seis governadores tucanos e aliados que devem sair amplamente vitoriosos no primeiro turno, liberando-se da briga local para se dedicarem, com exclusividade, à eleição de Serra.

“Teremos vantagens objetivas muito grandes sobre o PT”, adianta Pimenta, otimista. “Seremos seis contra dois”, contabiliza o coordenador, referindo-se ao time de governadores que ainda será engrossado pelos senadores e deputados eleitos. O PSDB conta com a vitória, já no domingo, de Aécio Neves, em Minas Gerais; Marconi Perillo, em Goiás; Cássio Cunha Lima, na Paraíba; e Lúcio Alcântara, no Ceará.

“Vê se não viaja para o exterior depois da eleição, porque eu vou precisar muito de você”, recomendou Serra a Aécio Neves em sua passagem por Minas esta semana. “Fique tranqüilo que eu só vou sair uns três dias, aqui pertinho”, respondeu o mineiro. Ao mesmo tempo, Pimenta articulava com o senador Lúcio Alcântara, hoje cirista do grupo de Tasso Jereissati.

“Temos nos falado freqüentemente por telefone, e posso afirmar que Lúcio se integrará à campanha a partir da próxima semana, depois de uns três dias de justo descanso”, afirma Veiga.

Isto, além de Pernambuco, onde as pesquisas apontam reeleição folgada do governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), e de Tocantins, onde o pefelista Marcelo Miranda tem larga vantagem sobre os adversários. As mesmas pesquisas só apontam vitória do PT em primeiro turno no Acre, com a reeleição do governador Jorge Viana, e em Mato Grosso do Sul, com José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT.

Além das vitórias nos Estados, Pimenta contabiliza outra vantagem para seu candidato no segundo turno. Ele acredita que Lula iniciará o segundo round com “sabor de derrota” e aposta que os deputados de partidos aliados (PMDB, PPB, PFL e até mesmo do PSDB), hoje constrangidos em trabalhar abertamente para Serra diante do favoritismo de Lula junto ao eleitorado, finalmente entrarão na campanha. “Eles verão que é muito melhor ter um presidente aliado do que ser oposição”, analisa Pimenta, pragmático.

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