O PSDB ingressa hoje, em Brasília, com representação contra a interferência do governo no processo eleitoral. A ação cita o presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. O pedido é também contra o presidente do PT, Ricardo Berzoini, Valdebran Padilha e Gedimar Passos. Os dois últimos foram presos com R$ 1,75 milhão para suposto pagamento do dossiê Vedoin. ‘Como tudo está remetido ao ambiente eleitoral, é evidente que a Justiça Eleitoral assuma o caso’, defendeu ontem à tarde o advogado do partido, Ricardo Penteado.

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Para o PSDB, já existem fatos suficientes para a cassação do registro da candidatura do presidente Lula como determina a Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar 64/90). ‘Qualquer investigação de abuso do poder tende a isso (à cassação do registro da candidatura)’, explicou o advogado do PSDB.

Na avaliação de tucanos, o governo Lula interferiu diretamente na campanha quando evitou o flagrante da compra de acusações contra o PSDB por petistas em São Paulo. A Polícia Federal, no entendimento de Penteado, transformou o mesmo caso em dois.

O primeiro, a prisão de duas pessoas – Valdebran e Gedimar – com volume significativo de dinheiro.

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O segundo, a apreensão do dossiê Vedoin com o objetivo de mostrar que os candidatos tucanos participaram do esquema dos sanguessugas. Mas só os presos e o material apreendidos em Cuiabá, contra o PSDB, foram expostos.

‘Não é possível isso. A pergunta que se faz é: quem são Valdebran e Gedimar? A quem estão representando?’ questionou o advogado do PSDB.

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Independentemente da ação do PSDB, a Corregedoria-Geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode assumir a condução do inquérito, já que o processo criminal estaria influenciando na campanha eleitoral.