PSDB e PPS dão início à punição de sanguessugas

Dois partidos deram início ontem mesmo à punição de parlamentares de seus quadros que se envolveram com a máfia dos sanguessugas. O PSDB abriu processo de expulsão contra o deputado Paulo Feijó (RJ). "Não há dúvidas da culpa dele nesse processo", disse o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). O relator do caso no PSDB, deputado Gustavo Fruet (PR), disse que há provas da participação de Feijó na máfia. "São depósitos bancários", disse ele.

Também ontem o PPS suspendeu as atividades partidárias do deputado Fernando Estima (SP), suspeito de envolvimento com o esquema de desvio de dinheiro do Orçamento da União. Estima poderá ainda ficar sem a legenda, o que o impedirá de se candidatar. Por enquanto, o parlamentar fica proibido de representar o partido na Câmara, seja nas comissões ou no plenário, mas ainda pode disputar a reeleição.

O gigantesco esquema que envolve 90 parlamentares nas suspeitas de fraude em licitações de ambulância e material hospitalar com dinheiro do Orçamento da União está sendo investigado pela Polícia Federal, Ministério Público, Supremo Tribunal Federal (STF) e pela CPI dos Sanguessugas.

Ao mesmo tempo em que abriu o processo de expulsão de Feijó, a direção do PSDB decidiu pedir que os deputados Itamar Serpa (RJ) e Helenildo Ribeiro (AL) dêem explicações sobre as suspeitas que pesam contra eles de também participarem do esquema de desvio do dinheiro público. Se não convencerem os dirigentes do partido, também será aberto processo contra eles. Quanto ao deputado Eduardo Gomes (TO), investigado pela CPI dos Sanguessugas, o PSDB considerou que contra ele não há nenhum indício de participação na fraude.

O PMDB e o PT decidiram aguardar os fatos. Tomaram decisão muito parecida. "Vou esperar o relatório da CPI e ver o envolvimento de cada um. Então, convocarei a Executiva para deliberarmos sobre que decisão tomar", disse o deputado Michel Temer (SP), presidente do partido. "Eu defendo a expulsão". Os processos, no entanto, terão de correr nos Estados, porque as candidaturas são registradas pelos diretórios estaduais.

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