O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) leu, há pouco, em plenário, nota em que o partido pede a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar denúncias de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Segundo as denúncias, publicadas pela revista Veja, o chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material da ECT, Maurício Marinho, estaria recebendo propina para favorecer empresários em licitações, e isso estarua senfo feito a mando do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
De acordo com o senador, o governo Lula estaria sendo conivente com a corrupção, já que o PT, partido do presidente, é contra a instalação da CPI.
O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), afirmou que todos os parlamentares devem assinar o pedido. "O partido que não indicar seus representantes para a CPI vão estar sob suspeita. Todos os partidos devem querer a comissão", disse ele. Bornhausen ressaltou que não vai fazer julgamentos, pois todos os partidos devem ser analisados.
Para ele, a CPI é importante para mostrar transparência do Congresso. "Não é o governo que está sendo atingido. É o Congresso. As denúncias estão indicando partidos, e isso desmoraliza o Congresso. A sociedade vai ficar contra o Congresso", afirmou o senador. Ele disse que o objetivo do PLF não é desmoralizar o governo, mas sim ser transparente".
Amanhã, Álvaro Dias e Jorge Bornhausen começam a recolher assinaturas para que a CPI seja aprovada. Para o PT, o caso é um fato isolado, e a demissão de Marinho e a instauração de um inquérito não justificam a criação da CPI. O líder do PT no Senado, Delcídio Amaral (MS), disse que o governo agiu corretamente e com rigor em relação ao caso.