O PSDB decidiu apoiar a instalação de uma CPI mista para apurar a máfia das obras, como também vai cobrar da Câmara a votação de emenda constitucional que torne a execução orçamentária impositiva, ou seja, de acordo com lei aprovada no Congresso. Essa proposta já foi aprovada pelo Senado. "Todo ano tem escândalo ligado à execução orçamentária. O Orçamento não impositivo, como é hoje, dá margem à corrupção. É o grande corruptor e o governo usa como moeda de troca. O Orçamento virou um grande mercado de corrupção", afirmou o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).
O PSDB vai cobrar também, segundo Tasso, a aprovação na Câmara do fim das coligações para as eleições proporcionais, pois entende que as alianças contribuem para fragilizar a Câmara. "Precisamos acabar com a impunidade", disse o senador, ao ressaltar que os acusados pelos escândalos do mensalão e pelo desvio de dinheiro do Orçamento para compra de ambulâncias – que ficou conhecido como máfia das ambulâncias – não foram punidos.
Tasso conversou por telefone com o governador Teotônio Vilela, de Alagoas (PSDB), que é suspeito de participar do esquema de recursos públicos para obras realizadas pela empreiteira Gautama. O senador disse que o PSDB deposita "total confiança" ao tucano e acredita que ele dará todas as explicações.
