Na linha do processo de reformulação interna, o PSDB também vem aumentando as críticas à condução da política monetária pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Em documento elaborado pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de formação política do partido, intitulado "Quanto custa manter o dólar barato e os juros nas alturas", os tucanos classificam de tímidas as ações para conter a valorização cambial, destacando que essa política é nociva à indústria, aos exportadores e provoca demissões em massa. Além disso, avaliam que crescimento na entrada de dólares por conta dos juros altos, faz com que os custos para a manutenção das reservas cheguem a R$ 18 bilhões ao ano, o equivalente a duas vezes o orçamento do Bolsa Família.
No texto, o PSDB diz que a economia brasileira tem sido varrida por uma onda de otimismo e adverte para o risco de se perder a oportunidade de corrigir os atuais rumos. "O Brasil optou, sob Lula, por conviver com uma taxa cambial bastante prejudicial à saúde de nossa economia, com isso, temos incorrido em perdas graves em termos de geração de emprego, principalmente de vagas voltadas a jovens em busca de sua primeira oportunidade." E reiteram: "Quando se analisam as condições favoráveis vigentes no País hoje, é sempre bom ter em mente que são conseqüência de um processo iniciado há pelo menos 13 anos, a partir do Plano Real.
O documento traz também uma das principais críticas feitas pelos candidatos tucanos nas últimas eleições, a de que o mundo desfruta hoje seu melhor momento econômico em 60 anos. "É a primeira vez no pós-guerra que a economia global enfileira cinco anos seguidos de tamanha bonança. Pode-se dizer, porém, que infelizmente, nos anos recentes o Brasil esteve longe de acompanhar o ritmo do mundo e menos ainda o das nações do grupo emergente.