Dono da sétima maior bancada da Câmara (35 deputados) e da quarta maior do Senado (sete senadores), o PSB vai propor mudanças à proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso Nacional. Essas alterações serão discutidas em uma série de seminários que o partido deve realizar nas próximas semanas com especialistas, sindicatos e integrantes do governo.

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De acordo com o deputado Danilo Forte (PSB-CE), a legenda quer discutir principalmente três pontos: a manutenção das regras atuais para aposentadoria rural, a diminuição do tempo de contribuição para aposentadoria integral e caminhos para combater sonegação. “Temos convicção de que a reforma da Previdência precisa ser feita. Mas ela não pode cair exclusivamente na mão da miúda”, disse Forte ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O parlamentar defende que, para manter as regras atuais para aposentadoria rural, uma das alternativas poderia ser dividir os custos dela entre o INSS e o agronegócio. Pela proposta do governo para reforma, trabalhadores rurais só poderão se aposentar com idade mínima de 65 anos e se contribuírem por pelo menos 25 anos, mesma exigência para os trabalhadores em geral.

A proposta do governo também estabelece que trabalhadores das zonas urbana e rural só conseguirão se aposentar com valor integral se contribuírem com o INSS por 49 anos. “Esse tempo de contribuição é extorsivo. Precisamos de alternativas”, disse Forte. “Temos de debater também a falta de ofensividade do governo com a sonegação”, acrescentou.

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No PSB, a resistência às reformas que o governo Michel Temer quer implantar vem principalmente de parlamentares do Nordeste, sobretudo de Pernambuco. Recentemente, integrantes desse grupo chegaram a defender a saída do partido do governo. O movimento, porém, perdeu força. Atualmente, a sigla comanda o Ministério de Minas e Energia.