O PSB vai pedir ao governo duas pastas de primeiro escalão. Em audiência no Palácio do Planalto para discutir reforma ministerial, o presidente do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, solicitará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que sejam mantidos sob o comando da legenda as pastas de Integração Nacional e Ciência e Tecnologia. Campos, no entanto, já tem um plano B. O partido aceitaria órgãos de influência no nordeste, como a Sudene e o Banco do Nordeste.
A liderança do partido na Câmara divulgou hoje um estudo que mostra que o ministério da Integração é a oitava pasta que deverá receber mais recursos do Orçamento Geral da União neste ano, com uma previsão de R$ 6,7 bilhões. Já o ministério de Ciência e Tecnologia será o 13º, com R$ 5,1 bilhões. O levantamento leva em conta informações do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal).
O partido aponta que o PT pode ser o maior beneficiado pelo Orçamento de 2007. Os petistas ocupam, por exemplo, pastas que movimentam mais recursos, como os ministérios da Defesa (R$ 38,9 bilhões), Educação (R$ 26,4 bilhões), Desenvolvimento Social (R$ 24 bilhões), Fazenda (R$ 13,1 bilhões) e Agricultura (R$ 5,9 bilhões). As pastas do PT estão entre as dez que devem receber mais recursos do orçamento. O estudo, porém, não leva em conta que Integração Nacional é uma pasta com mais influência política em uma região como o Nordeste, que o ministério da Defesa.
A liderança do PSB observa que o PL, que reivindica a pasta de Transportes, pode ficar com um orçamento de R$ 8,8 bilhões. O PMDB, por sua vez, ficaria com a Saúde (R$ 66,3 bilhões), pasta que só perde para a Previdência (R$ 190,3 bilhões) na previsão orçamentária. Os peemedebistas ainda contam com Minas e Energia (R$ 5,8 bilhões) e Comunicações (R$ 4,3 bilhões).
Na disputa com o PMDB pela pasta da Integração Nacional, o PSB alega que o ministério não é da cota do PPS, mas sim do deputado Ciro Gomes, hoje no PSB. À época em que comandava a pasta, Gomes pertencia ao PPS.