Provopar entrega kits indígenas a 2.007 escolas públicas estaduais

O Provopar Ação Social começou, esta semana, a entregar kits indígenas para 2.007 escolas públicas estaduais, com o objetivo de resgatar a cultura e os costumes dos primeiros habitantes do Paraná. O kit é composto por peças de artesanato, CD multimídia com cânticos sagrados guaranis, um DVD e filme com informações sobre os povos indígenas do Paraná e o livro ?Memória, Presença e Horizontes?.

O lançamento do kit foi em 11 de dezembro, no auditório do Museu Oscar Niemeyer, durante a Escola de Governo, na presença do governador Roberto Requião, do ministro da Educação, Fernando Haddad, do secretário da Educação, Mauricio Requião, da secretária da Cultura, Vera Mussi, e do secretário especial para Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, além da presidente do Provopar Ação Social, Lucia Arruda.

?Esse material vai, com certeza, enriquecer a atividade pedagógica nas escolas estaduais do Paraná, onde o aluno poderá conhecer e entender melhor a cultura dos nossos irmãos indígenas. Ele vai fazer com que os alunos discutam o tema, que por sinal faz parte de sua formação integral?, disse a professora Sheila Marize Toledo Pereira, chefe do Núcleo de Educação de Curitiba, ao receber esta semana o material destinado à sua regional.

Para a professora Maria Salete Closs Fonseca, chefe do Núcleo Regional de Cornélio Procópio, em cuja área de atuação existem quatro reservas indígenas nos municípios de Santa Amélia e São Jerônimo da Serra, o material fornecido pelo Provopar é rico em detalhes, ?mas o que mais chama a atenção é o artesanato indígena?, destacou.

Segundo ela, o Núcleo de Cornélio Procópio já vinha trabalhando na valorização da cultura indígena, através da implantação do programa ?Contação de Histórias?, em que os índios da reserva de Santa Amélia explicavam como perderam suas terras para os homens brancos. ?Acredito que esse projeto ajudou os índios a reconquistarem suas terras. Portanto, ao lançar o kit indígena, a presidente do Provopar mostrou o quanto é sensível à valorização do índio, nosso representante maior na defesa do meio ambiente. É preciso entender as diferenças e valorizar os índios.?

O chefe do Núcleo Regional de Educação de Apucarana, professor Roberto de Oliveira Santos, disse que está no magistério há 38 anos e nunca vi uma iniciativa como essa do Provopar. ?Ela foi muito bem recebida por alunos e professores. O kit despertou o interesse de todos e com certeza vai valorizar a cultura indígena, um tanto quanto esquecida por todos nós.?

Em sua opinião, o material fornecido pelo Provopar, além possuir um conteúdo pedagógico riquíssimo, para os professores de história, geografia, língua portuguesa e artes, valoriza o trabalho e a cultura indígena. ?Os nossos professores já estão inclusive divulgando e trabalhando com esse material, em que destaco principalmente o livro e o CD com os cânticos em guarani. Estamos, inclusive, entrando em contato com o Provopar para que sejam enviados mais kits, para atender as escolas de grande porte?, concluiu.

?Artesanato que Alimenta?

Lucia Arruda conta que a idéia de formar o kit indígena surgiu com o programa ?Artesanato que Alimenta?, através do qual o Provopar promoveu a troca mensal de mais de mil cestas básicas por artesanato indígena. ?Este programa resgatou a tradição do escambo, a troca de mercadorias, tão comum entre os índios, mas que estava esquecida pelos mais jovens. Com isso, amenizamos a fome nas aldeias e, ao mesmo tempo, incentivamos a produção de artesanato típico?, afirmou.

As trocas foram iniciadas em junho de 2005 e desde então beneficiaram mais de 3,6 mil índios em todo o Estado. O programa fez com que muitas famílias indígenas retomassem a produção do artesanato, ajudando a preservar sua cultura.

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