A presidente do Provopar Ação Social, Lucia Arruda, recebeu nesta terça-feira (13) mais de 2 mil peças de roupas e brinquedos dos alunos da Escola Internacional de Curitiba, que por sua vez terão em troca vários itens de material escolar a serem doados, no início do período escolar do ano que vem, para cerca de 200 alunos de duas escolas municipais de Ilha Rasa, em Guaraqueçaba, no litoral do Paraná.
A parceria entre o Provopar e a Escola Internacional, além de garantir material escolar aos alunos carentes de Ilha Rasa, ajuda a preservar o papagaio de cara-roxa, uma espécie seriamente ameaçada de extinção. ?É que as crianças da ilha vendiam o papagaio, na maioria das vezes, para comprar material escolar?, revelou a professora Zélia Torres, coordenadora do serviço social da escola.
Os alunos Sara Johnson, Madie Barbosa e Christopher Johnson, que fazem parte do projeto ?Adopt a School? – Adote uma Escola, estiveram este ano na Ilha Rasa, entregando o material escolar e presenciando as palestras feitas por acadêmicos de medicina, veterinária e odontologia da Faculdade Evangélica e da Universidade Federal do Paraná para os ilhéus. ?Foi uma experiência única. A gente se sente bem em poder ajudar as pessoas carentes da ilha. E passamos a encarar a vida de um outro ângulo?, disse Madie Barbosa.
Sara Johnson revelou que a próxima viagem para a Ilha Rasa se dará em março, quando o programa estará levando de 40 a 50 alunos, além dos acadêmicos para darem palestras na área de saúde. Segundo ela, o programa estará completando dez anos. ?Nos primeiros anos, levamos alimentos. Depois, pintamos um prédio. Mas, mudamos o foco e, desde o ano passado, passamos a levar material escolar e educação?.
Para a professora Zélia Torres, coordenadora do serviço social da Escola Internacional, a atuação dos alunos na Ilha Rasa serviu para ?resgatar dentro de cada um os valores humanos de solidariedade e amor ao próximo. Mostramos que, com um simples gesto, é possível melhorar a vida das pessoas. Nosso trabalho, como educadores, consiste em despertar nos alunos e nas pessoas consciência e valores éticos em relação aos semelhantes. Formar cidadãos plenos e conscientes. Enfim, um cidadão do mundo que não seja indiferente as disparidades sociais?, afirmou.
