Brasília ? Ao comentar como foram decididos os critérios para investigação dos deputados citados pela Operação Sanguessuga, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), afirmou que o documento da Justiça Federal que cita com mais detalhes os funcionários do que os parlamentares. Isso porque os deputados possuem foro privilegiado e não foram investigados. A operação da Polícia Federal desarticulou uma quadrilha responsável por fraudar licitações e emendas parlamentar para superfaturar a compra de ambulâncias.

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"Queremos dizer que as informações do documento da Justiça são mais substanciais sobre os servidores que foram investigados. Os parlamentares não foram investigados, nem pela Justiça Federal, nem pela Polícia Federal, nem pelo Ministério Público, porque só podem ser investigados pelo Supremo Tribunal Federal", disse.

Aldo Rebelo anunciou que a Mesa Diretora decidiu dividir em três grupos de parlamentares os 62 deputados citados no documento da Justiça Federal. O primeiro grupo de parlamentares, segundo o presidente da Câmara, será encaminhado imediatamente à Comissão de Sindicância da Corregedoria da Casa para a investigação. A lista do segundo grupo ficará na Corregedoria aguardando informações adicionais para que o corregedor, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), decida pelo arquivamento ou encaminhe para investigação.

Já o último grupo, que Aldo Rebelo definiu como o que "não há indícios razoáveis de envolvimento" no documento da Justiça, terá o pedido de arquivamento. "O critério adotado foi a base de informação do documento enviado pela Justiça, os diálogos transcritos pela Polícia Federal e a citação e o envolvimento dos parlamentares", informou.

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