Enquanto a maior parte das faculdades têm problemas com o exame de ordem, o curso da Universidade Estadual de Londrina (UEL) comemora. Em São Paulo, dos 21 alunos da UEL que prestaram o exame da OAB, 18 passaram. E no Paraná, a região de Londrina foi a que mais aprovou no último exame. A coordenadora do colegiado do curso de direito da UEL, Denise Weiss de Paula Machado, afirma que a média de 30% de aprovação no PR ainda não é boa e serve como estímulo para a faculdade buscar melhorias. ?Não sou contra o rigor do exame de ordem. Podem estar ocorrendo excesso e isso deve ser revisto, mas o exame deve garantir o mínimo de qualidade dos egressos para não colocar em risco o direito do cidadão que usa os serviços dos advogados. Vejo isso como um exercício de cidadania?, afirma.
A coordenadora do curso de Direito da Tuiuti, Ana Margarida de Leão Taborda, vê o exame de ordem um instrumento importante para melhoria do ensino jurídico. ?As universidades têm enfrentado dificuldades porque o aluno tem chegado ao terceiro grau com grandes deficiências. É um problema de base?, acredita. Apesar de achar que a prova da OAB peca pelo excesso de rigidez, às vezes, ela afirma que mesmo os assuntos considerados pouco relevantes precisam ser conhecidos do aluno. ?Mesmo que ele não vá usar na vida profissional diária, ele precisa saber?, afirma.
Dalton Luiz Dallazem, diretor adjunto do curso de Direito da PUC Campus São José dos Pinhais, afirma que não é possível apontar uma causa isolada para o mau desempenho dos estudantes no exame e acredita que a melhor forma de resolver a situação é através do diálogo. ?A melhor forma é seguir o que a própria OAB já sugeriu de sentarmos, universidades e Ordem, numa grande mesa redonda e conversar sobre o assunto para ver onde está o erro e assim encontrarmos um meio termo?, afirma.