A capital chilena viveu ontem uma noite de violência durante a qual houve saques, feridos e quase mil pessoas detidas por causa dos protestos convocados por grupos contrários a um novo sistema de transportes durante as celebrações do Dia do Jovem Combatente. A violência entrou pela madrugada de hoje.
O subsecretário de Interior do Chile, Felipe Harboe, disse a jornalistas, porém, que a jornada foi menos violenta em comparação com outros anos, nos quais grupos anarquistas e de extrema esquerda reuniram-se para marcar a data, instituída para recordar as pessoas assassinadas pela polícia durante uma campanha de repressão promovida pela ditadura vigente em 1985.
De acordo com a polícia local, 819 pessoas foram detidas, a maioria delas em Santiago, e 22 policiais ficaram feridos, um deles por disparo de arma de fogo. Houve ainda saques de lojas, ônibus incendiados e outros ataques ao sistema de transporte público. A violência concentrou-se em bairros periféricos de Santiago. A polícia informou que apenas 39 dos 819 detidos seriam indiciados. A maioria dos manifestantes presos era menor de idade.
