O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, disse nesta segunda-feira (21), durante inauguração da primeira planta de gás natural liquefeito (GNL) do País, em Paulínia (SP), que a estatal não prevê risco de desabastecimento de gás natural boliviano em razão do protesto de índios pertencentes à Assembléia do Povo Guarani (APG).

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Dezenas de índios da APG ocupam, desde a tarde de domingo, uma estação de controle do gasoduto de Transierra – consórcio do qual fazem parte a brasileira Petrobras, a hispano-argentina Repsol-YFP e a francesa TotalFinalElf. O presidente do grupo, Wilson Changarray, ameaça fechar uma válvula, o que pode prejudicar o fornecimento de gás para o Brasil.

Pela estação, localizada no sudeste da Bolívia, passam diariamente 11 milhões de metros cúbicos de gás. O APG reivindica o pagamento de US$ 9 milhões, a título de "direito de passagem", como ficou fixado no ano passado.

"Mesmo em momentos mais críticos, sempre enfatizamos a confiança na continuidade do suprimento", afirmou Gabrielli. Segundo ele, representantes do ministério da Agricultura boliviano se reunirão com os índios hoje para tentar negociar uma retirada do local. "É óbvio que a ocupação não pode permanecer. Isso passa por uma negociação com o conjunto de atores", acrescentou Gabrieli, referindo-se também às empresas que participam do gasoduto de Transierra.

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Gabrielli disse que a aceleração dos investimentos em infra-estrutura pode ser uma das alternativas para a desocupação da estação de controle do gasoduto. "Isso é uma questão de negociar", afirmou.