Os maiores problemas de saúde dos homens estão relacionados à próstata, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Sidney Glina, que participa do 2º Fórum sobre Políticas Públicas em Saúde e Doenças do Homem. Segundo ele, a cirurgia de próstata está entre as cirurgias mais realizadas em todo o Brasil, principalmente no Sistema Único de Saúde (SUS). Ele explicou que a próstata cresce quase 2% ao ano a partir dos 40 anos, o que pode levar à retenção urinária. "Dez por cento dos homens têm problema para urinar por causa da próstata", disse Glina.
Segundo ele, o uso de medicamentos como os alfabloqueadores para tratar esse crescimento poderia reduzir em 20% o número de cirurgias para diminuição da próstata no SUS economizando recursos para serem usados em outras áreas.
Outro problema lembrado pelo urologista foi o câncer de pênis, que, segundo ele, se previne com higiene e educação. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que 2% dos cânceres dos homens são de pênis. Para Glina, se for feito um trabalho educativo sério é possível acabar com essa doença no Brasil em 10 ou 15 anos. Ele lembrou que o câncer de pênis não existe na Europa, nos EUA nem no Rio Grande do Sul.
Envelhecimento
O deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) lembrou que 8,6% da população brasileira é idosa. As estimativas indicam ainda que, em 2020, 15% dos brasileiros terão mais de 60 anos. O parlamentar assinalou que, entre a população masculina idosa, 35,6% são analfabetos e 63% têm renda inferior a dois salários mínimos (R$ 700). "Toda ação de saúde voltada para esse segmento tem que prever essa condição de baixa renda", alertou Eduardo Barbosa.
Para ele, o SUS tem que disponibilizar condições que favoreçam o envelhecimento saudável.
