A juíza Maria Isabel do Prado, da 2.ª Vara Federal de Guarulhos, acatou a denúncia contra a empresária Eliana Tranchesi, seu irmão Antonio Carlos Piva de Albuquerque e outras cinco pessoas ligadas a importadoras e à loja de luxo Daslu. A empresária e os outros acusados foram denunciados pelo Ministério Público Federal na semana passada, pelos crimes formação de quadrilha, contrabando e falsidade ideológica por fraude em declarações de importação. Caso condenados podem pegar até 21 anos de prisão.

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Com a decisão da juíza, Eliana Tranchesi e os outros acusados passam a responder a processo. Segundo os procuradores Matheus Baraldi Magnani e Jefferson Aparecido Dias, a Daslu está no centro de "uma organização criminosa" que subfaturava preços em operações de importação e exportação, com o objetivo de sonegar impostos.

Em julho, a Daslu foi alvo de uma operação conjunta da Receita Federal e da Polícia Federal. Na ocasião, foram apreendidos documentos, notas fiscais e computadores. A operação foi motivada por uma investigação iniciada em 2004, quando fiscais da Receita encontraram duas notas com valores contraditórios em um contêiner de bolsas e sapatos da grife italiana Gucci importados pela Daslu.

Na operação, Eliana Tranchesi e seu irmão foram presos. A empresária foi liberada depois de 11 horas, mas seu irmão e o contador Celso de Lima passaram cinco dias na prisão. O advogado da loja, Rui Celso Reali Fragoso, disse que só comentará a decisão da juíza depois de conhecer em detalhes a denúncia feita pelos promotores

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