O ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, disse há pouco, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que o principal objetivo da proposta de proibição do comércio de armas é reduzir o índice de mortes acidentais e no âmbito familiar. "É claro que isso não é para tirar arma de bandido, mas para diminuir a criminalidade acidental", afirmou ele. Ao falar para os conselheiros da Presidência, no Palácio do Planalto, Thomaz Bastos lembrou estudo feito pela Unesco que mostrou uma redução de 10% no número de homicídios no País desde que o governo lançou a campanha do desarmamento e da compra de armas. Até agora, foram recolhidas quase 500 mil armas, sendo que a previsão inicial era de 80 mil.

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Em contraponto à Revista Veja, que listou sete razões contra o desarmamento, o ministro afirmou: "Nós já listamos pelo menos oito razões para sermos a favor do desarmamento". No seu pronunciamento ao conselho, o ministro listou as oito razões para que as pessoas votem na opção um a favor do desarmamento, no referendo do dia 23 de outubro: redução de armas em casa diminuem riscos de mortes acidentais; controle de armas impede que armamentos comprados por pessoas honestas caiam nas mãos de bandidos; redução de mortes e tentativas de suicídios, já que a maioria dessas tentativas é com armas de fogo; regulação do estoque de armas e munições; redução dos índices de homicídios; integração do banco de dados com a numeração de todas as balas e armas vendidas; redução do número de pessoas que entram para o crime pois os homicídios por vingança são os primeiros na vida de um assassino; e com menos armas de fogo em circulação há mais possibilidades de atos de violência não resultarem em morte.

O ministro fez um balanço geral sobre a segurança pública e ressaltou o aumento do orçamento da Polícia Federal, que foi de R$ 316 milhões em 2002 e deve fechar 2005 com R$ 652 milhões.

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