O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi, entrega nesta terça-feira (29), no Ministério da Educação, em Brasília, proposta de emenda ao anteprojeto de lei sobre a reforma universitária e que deverá ser votado pelo Congresso Nacional, em junho. A proposta será entregue aos secretários de educação superior e executivo do MEC, Nelson Maculan e Fernando Haddad, respectivamente.

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A emenda ao anteprojeto de lei foi elaborada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia, em colaboração com reitores e diretores das doze instituições de ensino superior públicas e Conselho Estadual de Educação. De todas as contribuições, a que mais chama a atenção é a necessidade de a União dar um tratamento mais justo às instituições estaduais, o que inclui financiamento para projetos relevantes, atuais e futuros, na área da educação superior.

Segundo o secretário Aldair Rizzi, existe uma sensibilidade por parte do governo federal em relação ao assunto. ?Os esforços que estamos fazendo no Paraná seguem essa linha?, disse ele. O reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Paulo Godói, confirma que, em reunião realizada em fevereiro, na USP, em São Paulo, com participação das estaduais paulistas, o secretário nacional de ensino superior do MEC, Nelson Maculan, já havia se mostrado receptivo à proposta do Paraná.

?Existe a tendência de o sistema estadual de ensino superior ser reconhecido como tal?, disse Godói. ?Enquanto as universidades federais ficam com 47% do orçamento para a educação superior, as estaduais do Paraná não recebem mais do que 4%?, compara. O vice-presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), Edmir Maciel, também relata que durante visita recente de Maculan à sede da entidade, a posição favorável ao Paraná foi reforçada. ?Estamos otimistas com essa possibilidade?, arriscou.

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Interação

Para o secretário Aldair Rizzi, a questão da reforma universitária é complexa e envolve vários aspectos. ?As instituições estaduais de ensino superior precisam ser tratadas sob a ótica da integração, como parte de um sistema nacional de educação superior?, afirmou. Segundo ele, o Paraná já vem trabalhando de forma integrada e com bons resultados, no Conselho de Políticas Públicas para o Ensino Superior, criado na atual administração.

Para dar uma idéia da importância do ensino superior no Estado lembrou que as universidades e faculdades estaduais são responsáveis, somente na graduação, por 254 cursos de graduação, mais de 72 mil alunos, mais de 6 mil docentes, quase 9 mil técnicos administrativos, além de três hospitais universitários.

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Justificativa

?No anteprojeto de lei analisado pelo conjunto de dirigentes das instituições estaduais de educação superior mantidas pelo Estado do Paraná foi detectada a ausência de dispositivos específicos sobre os sistemas estaduais de educação superior?, afirma o secretário Rizzi.

Ele acrescenta ainda que ?o Estado do Paraná, credenciado pelo substancial suporte dado à educação superior pública do país por manter cinco universidades e doze faculdades, em esforço significativo de interiorização do ensino superior público e de qualidade, toma a iniciativa de oferecer esta contribuição para o aperfeiçoamento do texto elaborado pelo Ministério e para enfatizar o conceito de um Sistema Nacional de Educação Superior com forte integração entre as diversas esferas do setor público para maior eficácia em seus nobres propósitos?.