convencao131204.jpgA proposta do governador Roberto Requião de afastamento do PMDB do governo federal foi aprovada neste domingo (12), em Brasília, durante a convenção do partido. Segundo Requião, o afastamento não significa um rompimento com o presidente Luís Inácio Lula da Silva, mas uma posição de independência do governo federal e manifestação de discordância da política econômica do ministro Antonio Palloci.

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A convenção aprovou também uma moção que prevê criação de comissão especial para discutir e consolidar proposta para o Brasil do Terceiro Milênio, um projeto político e econômico para o país. O PMDB deve apresentar candidatura própria para presidente da República. A moção prevê ainda que, a partir desta convenção, os membros do PMDB que exerçam cargos do governo sejam considerados desligados de representação e das atividades partidárias.

A liminar suspendendo a conveção, obtida pela ala governista do PMDB, foi derrubada no final da tarde por meio de agravo de instrumento concedido pelo presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, José Jerônimo Bezerra de Souza. Antes disso, Requião afirmou que a medida liminar concedida na noite de sábado suspendendo os efeitos da convenção não invalidava a decisão política do partido, que já estava clara naquele momento.

"Nós não queremos desorganizar o governo do presidente Lula. Nós queremos é recriar o PMDB, dar ao PMDB uma oportunidade de renascer, de discutir as políticas, e não ficar atrelado às decisões econômicas do governo federal, que são do Fundo Monetário Internacional", defendeu o governador.

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Segundo Requião, mesmo antes da derrubada da liminar que suspendia a convenção, foi sinalizada a posição política majoritária do partido, que é o afastamento do governo de Luís Inácio Lula da Silva e o lançamento de uma candidatura própria nas eleições presidenciais de 2006. Esta é a posição unânime dos 37 delegados do diretório do PMDB do Paraná, que compareceram em peso na convenção nacional.