Promotores não aceitarão renúncia de Suzane à herança

Os promotores do julgamento de Suzane von Richthofen e dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, Roberto Tardelli e Nadir de Campos Júnior, disseram hoje que não irão aceitar o pedido de renúncia à herança que a defesa da ré pretende protocolar e juntar ao processo criminal. Segundo Campos Júnior, se essa era a intenção dos advogados, a iniciativa deveria ter sido tomada até três dias antes do início do julgamento

Campos Júnior acrescentou ainda que não acha necessária a realização de uma acareação entre Suzane e Daniel Cravinhos. "Todos os pontos contraditórios já foram esclarecidos pelo depoimento das testemunhas", declarou o promotor

Quem irá decidir sobre a realização ou não da acareação é o juiz Alberto Anderson Filho, presidente do 1º Tribunal do Júri. A previsão para hoje é de que mais nove testemunhas de defesa sejam ouvidas. Em seguida, o juiz irá decidir sobre a acareação. Caso não seja realizada, será iniciada a leitura de trechos do processo

A expectativa é de que a leitura dure de quatro a cinco horas. Na quinta-feira, deverão ser iniciados os debates entre a defesa e a acusação. A sentença pode ser proferida já no final da noite do mesmo dia

O julgamento começou na segunda-feira, no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista, com o depoimento dos três réus. Ontem, além de Andreas von Richthofen, irmão de Suzane, prestaram depoimento a delegada Cíntia Tucunduva Gomes, que investigou o caso, a perita criminal, Jane Marisa Belucci, o PM Alexandre Boto, o primeiro a chegar ao local do crime, Fábio Oliveira, diretor da penitenciária onde os Cravinhos ficaram presos, em Iperó, a corretora Ivone Muss Wagner, conhecida dos Richthofen, e o oficial de Justiça Hélio Bulcão, pai da namorada de Christian na época do crime

Hoje, mais testemunhas devem depor, entre elas amigos e parentes de Suzane e de Daniel. Os depoimentos mais esperados são os da mãe dos irmãos, Nadja Cravinhos, e o de Cláudia Sorge, amiga de Marísia von Richthofen

Suzane e os irmãos Cravinhos confessaram ter planejado e matado os pais dela, Marísia e Manfred von Richthofen, a golpes de barra de ferro, na casa em que a família vivia, em outubro de 2002, em São Paulo. Os três foram denunciados pelo Ministério Público por crime de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas

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