Brasília ? Os promotores de Justiça de Campinas (SP) Ricardo José Gasques de Almeida Silvares e Fernando Pereira Vianna disseram hoje (19), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, que a Polícia Civil da cidade "não queria chegar aos verdadeiros responsáveis" do assassinato do prefeito Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT ? ocorrido em setembro de 2001. Segundo eles, a polícia ignorou indícios e deixou de ouvir testemunhas que poderiam ajudar a elucidar a morte do prefeito.
Os dois promotores – que trabalham no caso desde a época do assassinato ? afirmaram que o Ministério Público não descarta nenhuma possibilidade, mas que "efetivamente" os indícios não levam a crer que o assassinato de Toninho do PT tenha sido crime de encomendado. Eles acrescentaram que a "dinâmica" do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, e do caso de Campinas são completamente diferentes. Para os promotores, no de Celso Daniel, há indícios de tortura e a possibilidade de crime encomendado. "Sabemos quem matou e como matou, mas não chegamos à conclusão do por quê", afirmou Silvares.
A tese apresentada pelos promotores à CPI é que a quadrilha do traficante Wanderson
Nilton de Paula Lima, o Andinho, foi responsável pela morte de Toninho do PT.
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