Apesar de a polícia ter indiciado a ex-cabeleireira Adriana Almeida, de 29 anos, como partícipe do assassinato de seu ex-marido, o milionário da Mega Sena René Senna, o promotor de Justiça responsável pelo inquérito, Guilherme Macabu Semeghini, admitiu nesta quarta-feira (31) que "não possui elementos suficientes para oferecer eventual denúncia contra ela". Ontem, o chefe de Polícia Civil, Gilberto Rodrigues, afirmou que era certa a participação de Adriana no crime, faltando esclarecer em que grau isto teria ocorrido.
Macabu deixou claro que no inquérito ainda "não existem provas suficientes para que possamos identificar os executores do crime mas apenas indícios da participação de algumas pessoas na empreitada criminosa". A polícia, a procuradoria e a juíza do município de Rio Bonito, Renata Gil de Alcântara, não revelam quem são as quatro pessoas suspeitas cujas prisões temporárias foram decretadas junto com a de Adriana, presa ontem à tarde.
Já a defesa de Adriana esteve na Vara Criminal de Rio Bonito atrás da decisão da juíza Renata Alcântara para poder impetrar habeas-corpus em favor da ex-cabeleireira. A defesa amanhã recorre ao Tribunal de Justiça. Ela, que foi presa em um hotel cinco estrelas, no qual pagava diária de R$ 343, passou sua primeira noite na carceragem feminina da Polinter, no município de São Gonçalo, no Grande Rio, dormindo em um colchonete velho, ao lado de outras presas e se alimentando de sopa e pão.