Os 3.600 carrinheiros ligados às cooperativas de reciclagem de Curitiba podem receber da prefeitura luvas e máscaras para realizar seu trabalho. O autor do projeto de lei que garante isso é o vereador licenciado Marcelo Almeida, que agora ocupa a direção do Detran (Departamento de Trânsito). Ele explica que a medida é necessária porque os catadores estão sujeitos a uma série de acidentes com lixo hospitalar e material cortante.
Almeida conta que os carrinheiros retiram das ruas 360 toneladas de lixo reciclável por mês, o que corresponde a sete vezes mais do que o serviço de coleta da cidade recolhe. “Se eles fizerem uma greve de três dias a cidade vai ficar entupida de lixo”, diz. Ele afirma que os acidentes são muitos comuns e a reclamação deste pessoal é constante nas unidades que reciclam o material. Cortes nos pulsos é o acidente que mais ocorre. “Eles correm uma série de riscos com lixo de consultórios odontológicos e de pequenas clínicas, sem falar nos objetos cortantes”, afirma.
Para o vereador licenciado a medida é justa, já que a cidade arrecada 38 milhões de reais todos os anos com a taxa de recolhimento do lixo e catadores são os principais responsáveis pela limpeza. “Para equipar os carrinheiros seriam gastos menos de R$ 30 mil reais”, compara.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura eles preferem esperar pela a aprovação do projeto para se posicionar sobre o assunto.