Projeto do IEL apóia APLs de Cascavel, Loanda e Colombo

Empresas dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) de Metais Sanitários de Loanda, Máquinas e Implementos Agrícolas de Cascavel, e Cal e Calcário de Colombo recebem um reforço importante a partir de outubro. Elas vão contar com o apoio de 19 estudantes universitários que estarão dentro das indústrias estudando problemas identificados em conjunto com os empresários e buscando o encaminhamento de soluções.

O reforço faz parte do projeto Bolsa de Iniciação Tecnológica (Bitec), do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). São seis bolsas para empresas de Loanda, duas de Maringá, sete de Cascavel, e quatro de Colombo. A proposta é transferir conhecimentos das instituições de ensino superior para dentro das indústrias, promovendo o desenvolvimento tecnológico e aumento da produtividade.

As bolsas possibilitam realizar pesquisas, levantar indicadores, elaborar projetos, relatórios, cartilhas e manuais que concretizem os objetivos do plano de trabalho proposto. Neste ano, os estudantes são das áreas de Ciências Biológicas, Ciências Econômicas, Serviço Social, Agronomia, Administração, Nutrição, Farmácia, Tecnologia em Informática, Enfermagem, e Engenharias de diversas faculdades do Estado.

?Os estudantes estão sendo encaminhados para os APLs de Metais Sanitários, Máquinas e Implementos Agrícolas e Cal e Calcário por serem atividades estratégicas para o desenvolvimento regional?, destaca Gina Paladino, assessora do Sistema Fiep. Segundo ela, a partir do trabalho dos universitários e professores será possível conhecer melhor os setores e ter em mãos um diagnóstico mais preciso, o que pode resultar em ganho de competitividade para as indústrias. ?O projeto é uma forma de estimular parcerias e aproximação das empresas com as universidades. Para muitas, esta é a primeira oportunidade de contato com o conhecimento científico e tecnológico?, ressalta, lembrando que muitos estudantes participantes das edições anteriores do projeto continuaram seus projetos após o término da bolsa.

Trabalhos

Os 19 estudantes desenvolverão trabalhos sobre preservação ambiental, gestão organizacional, agronegócios, informática, segurança no trabalho e design nas empresas selecionadas. O professor Edmar Bonfim de Oliveira, da Faculdade Intermunicipal do Noroeste do Paraná, em Loanda, orientará um trabalho sobre logística reversa, ou seja, reaproveitamento de resíduos materiais nas indústrias. ?Faremos um estudo na Indústria e Comércio de Metais Talita, investigando como pode se feito o retorno dos resíduos ao processo produtivo e os aspectos econômicos envolvidos?, afirma, ressaltando que o projeto será feito em conjunto com outro bolsista, que avaliará as questões ambientais do reaproveitamento de resíduos.

Na Cal Rio Branco, empresa de Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba, será desenvolvido um projeto na área de responsabilidade social. Segundo a psicóloga da empresa, Andréa Kozoroski, o bolsista irá sistematizar os projetos existentes, identificar pontos de melhoria e propor novas ações. ?Um dos maiores benefícios para a empresa será a troca de conhecimentos com o estudante, pois em nosso departamento de recursos humanos temos profissionais de administração e psicologia, mas nenhum de serviço social?, diz.

Neste ano, nove instituições de ensino estão participando: Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e Faculdades Integradas Espírita, em Curitiba; Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Faculdade Assis Gurgacz (FAG), União Educacional de Cascavel (Univel) e União Pan-Americana de Ensino (Unipan), em Cascavel; Faculdade Intermunicipal do Noroeste do Paraná, em Loanda; e Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Bolsas

O projeto Bolsas Bitec tem abrangência nacional e é patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), através do IEL, Senai e Sebrae nacionais e CNPq. São 500 bolsas para todo o país, sendo 18 para cada Estado. Este ano o Paraná recebeu 19 bolsas porque em alguns estados não houve demanda suficiente de bolsas a serem preenchidas. Durante seis meses ? outubro a março -, os alunos receberão uma bolsa de iniciação tecnológica custeada pelas entidades patrocinadoras. ?Ao final do projeto o estudante terá que apresentar a solução para o problema apontado, e certamente o resultado será um grande aprendizado para todos os envolvidos: empresas, estudantes e professores?, afirma Gina Paladino.

Em 2005, o APL de mandioca de Paranavaí recebeu 22 estudantes do projeto. Em 2004, foram três APLs: esquadrias de madeira, em União da Vitória; vestuário, em Cianorte; e bonés, em Apucarana.

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