Projeto deve abrir 558 escolas para profissionalização de jovens para a indústria

O Projeto Escola de Fábrica da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) vai abrir 558 escolas em fábricas de diferentes segmentos da economia brasileira, para beneficiar 11,5 mil jovens de 16 a 24 anos em 17 estados, em sua primeira fase. O anúncio foi feito pela diretora nacional do projeto, Jane Bauer, na abertura do 1º Seminário de Capacitação de Gestoras da primeira turma do Escola de Fábrica, em Porto Alegre.

Durante o evento – que reúne desde ontem (18) representantes de 32 instituições do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – Jane destacou que o objetivo do Escola de Fábrica é oferecer capacitação profissional para inserir no mercado de trabalho os jovens com idade entre 16 e 24 anos, de famílias de baixa renda e que estudem na rede pública. O seminário, que termina hoje (19), pretende capacitar as entidades quanto à habilitação, celebração e execução dos convênios necessários para a realização dos contratos com MEC.

Até o fim deste mês, serão realizados mais dois seminários na Região Sul, "para que as unidades gestoras selecionadas para o início da primeira turma entendam bem todo o processo de realização de convênios", explicou a dirigente. Segundo o coordenador para a Região Sul, Paulo Ritter, o programa do governo federal, deve beneficiar mais de três mil jovens no Rio Grande do Sul, com 176 cursos em 40 municípios.

Ritter disse que o programa, de educação não-formal, buscou inspiração nos projetos desenvolvidos pela Fundação Pescar. "O Escola Fábrica será desenvolvido em parceria com prefeituras, empresas e organizações não-governamentais e incluirá a realização de cursos profissionalizantes, com carga horária mínima de 600 horas, ministrados pelos próprios integrantes das unidades gestoras nas empresas", explicou.

O MEC está disponibilizando R$ 25 milhões para o projeto em todo o país e repassará às unidades gestoras até R$ 30 mil por curso. Aos alunos, o ministério dará ajuda de custo equivalente a 50% do salário mínimo, durante seis meses.

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