Se a Venezuela e o Brasil decidirem seguir adiante com o projeto de extrair e refinar petróleo na Faixa Petrolífera de Orinoco, isso poderá custar US$ 9 bilhões, informou a estatal Petróleos de Venezuela SA (PdVSA) em seu site na Internet.
A PdVSA e a Petrobras ainda têm de concordar com um plano de desenvolvimento para o bloco Carabobo I, mas a PdVSA já está levantando o custo das unidades de produção, de uma usina para transformar o material extraído em petróleo bruto sintético e de uma refinaria convencional em Pernambuco, para processar o bruto sintético em gasolina e em outros produtos de varejo.
Um processo de certificação encontrou 45,5 bilhões de barris de petróleo no bloco. "Com esses resultados da certificação, temos os volumes necessários para um projeto de petróleo extrapesado, que inclui um complexo de processamento e uma refinaria em Pernambuco", disse a PdVSA no comunicado.
A expectativa é que o campo Carabobo I produza 200 mil barris por dia. A PdVSA quer que os novos projetos na região usem tecnologias de perfuração mais avançadas, como a injeção de vapor nos reservatórios para aquecer o óleo, e que as taxas de extração melhorem. Os projetos atuais no Orinoco extraem apenas cerca de 8% do petróleo. A PdVSA quer que essa taxa suba para pelo menos 20%, para maximizar as reservas.
O presidente da PdVSA, Rafael Ramírez, disse que o bloco vai elevar as reservas provadas totais da Venezuela para 87,6 bilhões de barris, em relação aos 80 bilhões atuais. As informações são da Dow Jones.