Projeção para o PIB sobe para 3,57% em 2006

Brasília – O mercado financeiro elevou de 3,51% para 3,57% sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, conforme a pesquisa semanal divulgada hoje (16) pelo Banco Central (BC). Apesar da melhora, a previsão ainda é menos otimista que a do BC, de 4%. "Não acredito que possamos ter uma expansão do PIB muito acima deste patamar", disse o economista-chefe da Corretora Concórdia, Elson Teles. A chance da projeção feita pelo BC) vir a ser alcançada, na opinião do economista, é inexistente. "Ficaremos mesmo entre 3 50% e 3,60%", comentou.

A chance de crescer mais, na opinião do economista, dependerá da realização de reformas econômicas que aumentem a capacidade de produção do país. "Nas condições que temos hoje, a nossa taxa de crescimento está mesmo entre 3,50% e 3,70%", comentou. Uma expansão da atividade econômica acima destes níveis, na visão de Teles, poderá trazer de volta o fantasma da inflação. "Não há como crescer num ritmo muito maior. Temos nossas limitações", afirmou.

Com crescimento moderado, as estimativas de mercado para a inflação deste ano continuaram a cair e recuaram de 4,33% para 4 32%, porcentual ainda mais abaixo da meta central de 4,50% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Menos otimista, Teles acredita que o IPCA poderá fechar o ano em torno dos 5%. Para ele, o aumento dos combustíveis no segundo semestre e a desvalorização do câmbio poderão pesar sobre os preços.

Os juros, apesar de uma possível da alta da inflação, deverão continuar caindo nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). As quedas, no entanto, deverão ocorrer numa intensidade menor que a observada até abril, quando os juros foram reduzidos em 0,75 ponto porcentual. "Acredito que já na reunião do fim do mês a queda será de apenas 0,50 ponto porcentual", comentou Teles. Ao final do ano, a taxa deverá chegar aos 14,5% na opinião do economista. "Temos que levar em conta que o cenário para a inflação em 2007 não será tão confortável como neste ano. O Copom precisará ser cauteloso.

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