As projeções de mercado para o IPCA de 2005 recuaram de 5,90% para 5,80% em pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC). Foi a primeira redução registrada pelo BC após três semanas de estabilidade das expectativas em 5,90%. A queda ocorreu depois da divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em que foi explicitado que o ritmo e a magnitude do ajuste da política monetária iniciada em setembro poderia ser alterada se houvesse uma piora dos preços de petróleo no mercado internacional e das expectativas de mercado para a inflação do próximo ano. Apesar da redução das projeções, o porcentual estimado pelo mercado ainda se encontra distante dos 5,1% da meta a ser perseguida pelo Copom no próximo ano.
A queda das projeções para 2005 foi acompanhada de uma piora das expectativas de inflação para o corrente ano e em 12 meses à frente. As estimativas de IPCA para 2004 avançaram de 7 18% para 7,26%, porcentual superior aos 7,20% projetados na mesma pesquisa há quatro semanas. Mesmo com a alta, a estimativa ainda está abaixo do teto de 8% da meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2004.
As previsões de IPCA em 12 meses à frente por sua vez aumentaram de 6,22% para 6,25%, ficando acima dos 6,24% projetados há quatro semanas. As estimativas de IPCA para o corrente mês e dezembro também pioraram e passaram de 0,62% para 0,65% e de 0,55% para 0,59%, respectivamente.
Outro indicador a apresentar piora nas projeções da pesquisa do BC divulgada há pouco foi o de reajuste dos preços administrados para este e o próximo ano. As estimativas de aumento dos administrados neste ano saltou de 8,80% para 9% na mesma semana em q ue a Petrobras anunciou um reajuste dos preços da gasolina e do diesel. Para 2005, as previsões de aumento dos administrados passou dos 7,25% da última pesquisa para 7,32%.