Programas sociais podem contribuir para sucesso da missão de paz no Haiti

Para que a presença das tropas de paz no Haiti alcance seus objetivos, deve ser iniciado imediatamente um processo de implantação de programas sociais, de modo a desobstruir as estradas para a população e dar ao povo assistência à saúde e escolas recuperadas.

A afirmação foi feita hoje pelo general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, comandante da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), em audiência pública na Câmara dos Deputados. Ele cobrou a execução de projetos sociais conjugados às missões humanitárias. O Brasil tem à disposição da ONU cerca de 5 mil soldados do Exército.

Depois de seis meses no comando da missão, Heleno Ribeiro fez um relato da situação dos soldados brasileiros naquele país e da população haitiana. "A maior dificuldade de qualquer missão de paz é conseguir uma integração perfeita entre todos os segmentos da missão", disse o general. Para ele, a missão de paz não é só a força militar. "Temos uma força policial internacional e, principalmente, os outros braços da missão, que tratam dos assuntos políticos e humanitários, por exemplo". O general disse que é fundamental para a missão de paz trabalhar de forma integrada.

O general comparou a situação do Haiti com as de "um campo de concentração gigante". Segundo o militar, a primeira constatação da missão é de que o Haiti "é um problema social, ecológico, político e militar". Ele citou o lixo, a precariedade das instalações comerciais e residenciais e o abandono de construções inacabadas como os problemas mais sérios do país.

"Além disso, a situação das estradas do Haiti é ruim e a violência urbana é grande", lembrou. Pereira destacou o agravamento da situação política e da situação sócio-econômica, "ambas caóticas, sem contar o problema de que grande parte da população vive abaixo da linha de pobreza".

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