O Ministério da Saúde avalia que o Projeto de Expansão e Consolidação da Saúde da Família (Proesf) tem alcançado seus objetivos, apesar dos desafios. Admite, no entanto, que o programa não avançou como previsto em alguns municípios devido à falta de médicos.

continua após a publicidade

?Temos vários indicadores que mostram resultados positivos das áreas cobertas pela saúde da família em relação às não cobertas. São indicadores de redução das internações, melhoria do pré-natal, acesso da população e satisfação dos usuários?, afirmou hoje (4) o diretor do Departamento de Atenção Básica do ministério, Luiz Fernando Rolim, que participa de seminário para avaliar o programa, em Brasília.

Entre os desafios, Rolim destaca a falta de profissionais qualificados e disponíveis para trabalhar nas regiões onde há maior demanda. ?Vários municípios dizem que a expansão não está ocorrendo no ritmo que eles queriam pela falta de médicos?.

A qualificação permanente das equipes é outra dificuldade, já que mais de 300 mil profissionais, entre médicos, enfermeiros e agentes de saúde, trabalham no Saúde da Família, de acordo com o diretor.

continua após a publicidade

?Temos dificuldade de conseguir profissionais, fixá-los em alguns lugares e depois capacitá-los?, reforça Lêda Lúcia Couto, do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).

O Proesf visa à expansão do programa Saúde da Família em municípios acima de 100 mil habitantes. Começou a ser executado pelo Ministério da Saúde em março de 2003 e conta com US$ 550 milhões para aplicação até 2009. A verba deve ser usada na implementação das equipes e estrutura necessária. Metade vem de empréstimo do Banco Mundial (Bird) e metade do governo federal.

continua após a publicidade

A necessidade de expansão surgiu de um diagnóstico que revelou que o Saúde da Família cresce principalmente nos municípios pequenos, em detrimento dos maiores. O programa conta com equipes que atuam principalmente nas unidades básicas de saúde, nas residências e na mobilização da comunidade. Segundo o Ministério da Saúde, fechou o ano de 2005 atendendo quase 5 mil municípios, dos 5.563 do país.