Depois de 14 anos desenvolvendo um trabalho de atenção integral, contínua e humanizada, os resultados do Programa Saúde da Família (PSF) em Curitiba são visíveis. Além da grande proximidade entre as equipes do programa e a comunidade – uma confiança que vem sendo conquistada desde 1991, quando teve início o projeto piloto na área de medicina da família -, o PSF ajudou a melhorar todos os indicadores de saúde da capital.

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O secretário municipal da Saúde, Michele Caputo Neto, credita aos profissionais do PSF muito do sucesso dos bons indicadores de saúde. "Em especial a queda da mortalidade infantil, cujos índices são os menores da história da cidade", diz. A mortalidade infantil baixou de 14,73 mortos por mil nascidos vivos, em 1999, para 11,2 em 2004.

O trabalho das equipes do PSF é identificar na comunidade e fazer o acompanhamento necessário de gestantes ou bebês que apresentam risco, além de idosos, diabéticos, hipertensos ou portadores de transtornos mentais. Outro avanço está no programa de controle da dengue. Curitiba foi a primeira cidade do país a integrar agentes comunitários no combate à dengue. "Por isso, temos focos do mosquito, mas não a doença na cidade", aponta Caputo.

Resultados igualmente relevantes foram obtidos na área de saúde bucal. Curitiba foi pioneira ao incluir dentistas entre os profissionais da equipe de Saúde da Família e até hoje é um dos poucos municípios a adotar essa prática. No Brasil, a participação de dentistas e técnicos de higiene dental no programa só foi determinada pelo Ministério da Saúde em 2000.

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Todas as 45 Unidades de Saúde da Família de Curitiba têm equipes de Saúde Bucal. Graças a essa atenção, desde 1997 a cidade registra um índice de dentes com cárie na faixa dos 12 anos bem abaixo do 3,0 recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, o índice da capital paranaense é de 1,27.

O grande desafio agora, afirma o secretário Michele Caputo, é expandir a estrutura do programa. "Temos uma cobertura populacional de 27% e queremos ampliá-la. Todas as nossas outras unidades de saúde já foram habilitadas pelo Ministério da Saúde para serem transformadas em unidades do PSF e até 2008 queremos converter 50% delas".

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