Programa de uso de lodo pode ser premiado

O Programa de Utilização Agrícola de Lodo de Esgoto, da Sanepar, está entre os finalistas do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica na região Sul, na categoria Processo, da Financiadora de Estudos e Projetos, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O vencedor regional será anunciado no dia 5 de outubro e o nacional em novembro.

O programa da Sanepar foi avaliado por uma comissão de especialistas e pesquisadores de alto nível e foi indicado como finalista entre os 182 projetos apresentados. O Prêmio Finep é o principal prêmio para pesquisa existente no Brasil.

Fruto de pesquisas científicas que a Sanepar realiza desde 1988, o Programa de Utilização Agrícola de Lodo de Esgoto, implantado em 2005, é um complexo processo de controle que tem por objetivo assegurar a compatibilidade de uso do lodo com as exigências ambientais. Segundo a diretora de meio ambiente e ação social da empresa, Maria Arlete Rosa, o uso agrícola do lodo é a melhor alternativa de disposição final porque não gera passivo ambiental. ?É a transformação de um resíduo em insumo de boa qualidade, com garantia ambiental, sanitária e agronômica?, explica Rosa.

Pesquisas

O Programa de Utilização Agrícola de Lodo de Esgoto da Sanepar é a etapa final de pesquisas de quase 15 anos, que permitiram o desenvolvimento contínuo e o domínio técnico da destinação ambientalmente adequada deste resíduo. Os estudos, que exigiram investimento superior a R$ 2 milhões, contaram com a participação de mais de 100 pesquisadores de instituições como a UFPR, PUCPR, Iapar, UEL, Senai-Cetsam, Emater, Tecpar e Embrapa.

Para o engenheiro agrônomo e coordenador das pesquisas Cléverson Andreoli a classificação do programa como finalista pela comissão de avaliação do Prêmio Finep demonstra que a comunidade científica brasileira reconhece a qualidade técnica e a credibilidade do trabalho desenvolvido pelos pesquisadores do Paraná.

Ele cita que os agricultores que utilizam o lodo de esgoto conseguiram ganhos médios de produtividade entre 30% e 40% nos cultivos agrícolas. A variação é determinada pelo tipo de cultura. (AEN)

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