O Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Iniciativas em Economia Solidária e Segurança Alimentar e Nutricional Sustentada (Produsa) está beneficiando 12 mil pessoas no Paraná. O programa tem por objetivo combater a exclusão social através da geração de trabalho e renda, investindo recursos públicos em unidades de produção e comercialização de alimentos, seguindo os princípios da economia solidária.
O Produsa ainda reforça a alimentação, capacitando as comunidades com novos conhecimentos sobre manuseio e beneficiamento de alimentos ou capacitando as famílias para a gestão e organização de empreendimentos solidários.Os beneficiários são grupos de base comunitária, formados por famílias pobres em situação de insegurança alimentar de áreas urbanas e rurais.
Podem ser financiados itens referentes a material permanente, como equipamentos e instalações. Em algumas situações, também são oferecidos materiais de consumo, como panelas, talheres e utensílios para cozinha. Só não são permitidas despesas de contratação ou complementação salarial de pessoal técnico e administrativo e as de manutenção como as contas de luz, água e telefone.
Projetos
O Produsa começou com a instalação de 26 panificadoras, mas os recursos previstos vão contemplar também empreendimentos de outras áreas de produção. Está previsto o financiamento de 109 projetos, em análise na Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, no valor de R$ 800 mil, devendo beneficiar 2 mil pessoas diretamente e 10 mil indiretamente.
Com o mobiliário de panificação entregue no primeiro lote, algumas panificadoras começaram a funcionar, outras puderam aumentar a produção e um terceiro grupo aguarda a conclusão do processo de licitação para complementar as instalações. São fornos, geladeiras, armários, batedeiras e liqüidificadores.
Para outros projetos, há financiamento de equipamentos para a instalação de cozinhas comunitárias e outros setores de produção, como a fabricação de doces, geleias de frutas, melado, açúcar mascavo e extração de mel.
Das 26 panificadoras do primeiro lote de licitação, 22 são em Curitiba, sendo 18 delas viabilizadas pelo Centro de Formação Urbano-Rural Irmã Araújo (Cefuria), que atua em vários bairros. Outras três são de São José dos Pinhais, e uma no município de Presidente Castelo Branco.
O valor médio do financiamento de cada unidade é R$ 8,5 mil. As panificadoras atendem comunidades periféricas e são administradas pelas famílias participantes, envolvendo em média 12 pessoas por empreendimento.
No caso da instalação de panificadores ou cozinhas comunitárias, as pessoas ou entidades recebem os equipamentos em comodato, responsabilizando-se pela sua conservação e utilização dentro dos princípios propostos.