As medidas tomadas pelo Patronato Penitenciário do Estado para reinserir o preso na sociedade possibilitaram a manutenção do índice de reincidência como um dos menores do país. Ações do Programa Pró-Egresso do Paraná foram discutidas, nesta quarta-feira (27), no encontro com 17 coordenadores do programa que atente a 7.500 pessoas. ?De acordo com pesquisa realizada pelo Patronato, no fim de 2004, a reincidência no Paraná é de 20%, enquanto que, em alguns Estados, chega a ultrapassar 50%?, comentou o secretário da Justiça e da Cidadania, Aldo Parzianello.

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O Pró-Egresso atende presos que estão saindo Sistema Penitenciário e pessoas que cumprem penas alternativas. ?Os presos do Sistema Penitenciário do Paraná podem estar privados de sua liberdade, mas jamais de sua dignidade?, declarou Parzianello. ?O Governo do Estado tem a preocupação e o compromisso do tratamento penal em suas unidades, com objetivo de promover a ressocialização?, completou.

Diretora do Patronato Penitenciário do Paraná, Vera Lúcia Silano Santos, revelou que o Pró-Egresso tem por principal objetivo, ?reintegrar o egresso com atividades educacionais e profissionalizantes, para reduzir a reincidência?. Ela exemplificou as ações bem-sucedidas desenvolvidas pelo programa, com o Consórcio Social da Juventude, parceria do Governo Federal e Estadual, que beneficiou aproximadamente 150 jovens, filhos de detentos ou pessoas que deixaram as penitenciárias, com cursos profissionalizantes, além dos convênios firmados com prefeituras e universidades. ?Adotamos o modelo de unir todos os segmentos da sociedade e Poder Público para tornar esse egresso um cidadão?, enfatizou Vera.

Ao defender a imputação da pena de forma preventiva e educativa, o diretor do Patronato Penitenciário de Londrina, Tadeu José Migoto, disse que o ?isolamento social de quem comete uma infração ou delito, deve ser analisado conforme a gravidade, para possibilitar a recuperação do infrator de forma consciente e, assim, evitar a reincidência?.

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A coordenadora do Pró-Egresso de Ponta Grossa, Roseni Inês Marconato Pinto, atende 1.200 beneficiados, sendo que aproximadamente 90% são pessoas que cumprem penas alternativas em 17 comarcas da região. ?Dividimos nossas atividades nas áreas de Direito, com estagiários que atendem familiares de presos, e de Serviço Social, com trabalhos de grupos de apoio?, detalhou a coordenadora.