O Programa de Regionalização da Saúde, implantado pelo Governo do Estado no início de 2003, é o grande responsável pelo aumento no número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva ocorrido no Estado. Dos 884 leitos de UTI do Estado, 290 foram credenciados pelo Ministério da Saúde de 2003 até agora. É o maior volume de expansão de leitos de UTI no Paraná nos últimos 10 anos. “Esse é o resultado de grande batalha. Quando assumimos era a saúde do Paraná que estava na UTI. Agora essa situação é bem diferente. É um marco histórico para o Estado e vamos continuar melhorando os índices”, disse o secretário de Estado da Saúde, Cláudio Xavier.

Em alguns locais, o acréscimo de leitos superou o percentual de 100%. Ponta Grossa, por exemplo, que era onde existia o maior déficit do Estado, no início de 2003 contava 18 leitos, hoje conta com 46. Desses, seis são da primeira UTI Neonatal da região. Cornélio Procópio, que tinha quatro vagas, hoje tem 10. “O que buscamos é descentralizar os serviços de saúde. Desta maneira a população terá mais facilidade e conforto para ser atendida.”, afirmou Xavier. Além disso, o programa de regionalização desonera os grandes centros. Maringá, por exemplo, tem municípios próximos, como Cianorte e Paranavaí que juntos somam 13 leitos de UTI e isso faz com que o número de pacientes que se deslocam para os grandes centros diminua.

Além do acréscimo do número de leitos, o programa de Regionalização da Saúde permite o incentivo aos hospitais dos escolhidos para serem a referência em sua região. Ao todo são 22 hospitais nas Regionais de Saúde que recebem juntos anualmente R$ 21 milhões para se equiparem e estruturarem para atender a população da melhor maneira possível.

“Devido a este incentivo muitos hospitais conseguiram comprar equipamentos, melhorar condições de atendimentos em toda a unidade, incluindo a UTI”, lembrou o diretor de sistemas de saúde da secretaria, Gilberto Martin. Outros programas da secretaria também acabam englobando a regionalização. Um bom exemplo é o de gestação de alto risco. Diversos hospitais já receberam, em duas etapas, quase R$ 4 milhões em equipamentos. Os equipamentos vão desde ultra-sons e incubadoras até berços aquecidos e monitores cardíacos.

O aumento dos leitos de UTI e a verba para os hospitais fazem parte do investimento em alta complexidade do programa de regionalização da saúde. O Programa também inclui ações na saúde básica, com incentivo ao Programa de Saúde da Família, e na média complexidade, com o aumento do número de consultas especializadas e exames.

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