Brasília ? Um dos principais projetos de intercâmbio entre instituições públicas de ensino superior no Brasil completa em 2006 quatro anos de existência. Conhecido como Programa de Qualificação Institucional (PQI), ele envolve 55 universidades e centros técnicos, integrados por meio de 156 projetos de cooperação.

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Desde 2002, o programa qualificou 58 professores e técnicos. Outros 470 estão com bolsas de pós-graduação para aprender e pesquisar em outras universidades. Até hoje, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação (MEC), repassou cerca de R$ 26,7 milhões para o projeto.

De acordo com o coordenador geral de programas da Capes, Geová Parente, o dinheiro foi usado em bolsas de estudo, alimentação e transporte dos docentes. O impacto desse investimento será avaliado durante um seminário que reúne em Brasília, de hoje (19) a quarta-feira (21), pesquisadores, professores e técnicos das instituições públicas de ensino superior.

Geová Parente acredita que o projeto permitiu aos professores envolvidos se qualificar em outra universidade e voltar para a instituição de origem com a perspectiva de dar continuidade à pesquisa do doutorado, por exemplo.

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"Ele faz uma parceria junto a sua instituição de origem e a que ele se qualificou para iniciar um trabalho de pesquisa e de orientação de seus alunos", explica Parente. "O desafio não é só qualificar como garantir uma rede de interação a todas as áreas de conhecimento."

Para o professor de economia da Universidade Federal do Acre, Lucas Araújo Carvalho, e coordenador do projeto no estado, o programa da Capes oferece qualificação sólida para os professores. Ele conta que foram enviados dois pesquisadores de economia para doutorado fora do estado: um para a Universidade de Campinas (SP) e, outro, para a Universidade Federal de Viçosa (MG).

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Hoje, os docentes dão continuidade às suas teses de dissertação na federal do Acre. "O que fez doutorado em Campinas coordena um estudo de pequena produção rural do estado do Acre, para qualificar as diversas categorias dos pequenos produtores e, o outro, está fazendo projetos na linha de valoração ambiental, importante para a região", destaca Carvalho.

O professor de economia da Universidade Federal de Sergipe, Ricardo Oliveira Lacerda e coordenador do programa no estado, diz que o projeto oferece um retorno concreto à sociedade.

"Estamos qualificando [em outras universidades] quatro professores no doutorado em economia, que fazem pesquisas para o desenvolvimento local nos estados e municípios de Sergipe", conta Lacerda, para quem a Capes precisa melhorar o acompanhamento dos projetos nas regiões brasileiras.