O Encontro Estadual do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), promovido pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social foi encerrado nesta sexta-feira. O evento contou com a participação de cerca de 240 pessoas e teve como principal objetivo capacitar os técnicos do programa e trocar boas experiências. "Esse encontro é muito pertinente pois acontece num momento de mudança de gestão municipal", afirma o secretário Padre Roque Zimmermann.
Representantes de órgãos ligados à área do trabalho e assistência social estiveram presentes na abertura, entre eles a técnica da Secretaria Nacional da Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Cilene Sebastiana Braga Lins. Segundo ela, algumas mudanças no PETI estão sendo estudadas.
"A faixa etária, por exemplo, é algo que queremos ampliar. Sabemos que crianças menores de sete anos também estão sendo exploradas, por isso queremos retirar a idade mínima dos critérios do programa", conta Cilene. "São modificações que ainda não têm previsão para serem incorporadas ao PETI, mas que precisam acontecer", completa a técnica.
Na sexta-feira, os participantes assistiram a palestras sobre atenção e trabalho com famílias e sobre jornada ampliada ? experiências de atividades no contraturno escolar destinadas à sociabilização. Por fim, puderam conhecer experiências bem sucedidas de trabalho com famílias, crianças e adolescentes em Quedas do Iguaçu e Pontal do Paraná.
Sobre o PETI
O programa está presente em 156 municípios paranaenses e atende a 44.434 crianças. O PETI concede uma bolsa e em contrapartida, as famílias têm que matricular seus filhos na escola e fazê-los freqüentar a jornada ampliada. Aquelas crianças que moram na zona urbana, inscritas até 2001, recebem R$ 40,00; as que se escreveram depois ganham de acordo com o número de habitantes do município onde vivem: mais de 500 mil habitantes, R$ 40,00; menos de 500 mil habitantes, R$ 25,00. Os beneficiados da zona rural ganham R$ 25,00.
Como parte do projeto, cada cidade tem direito a R$ 10,00 (zona urbana) e R$ 20,00 (zona rural) per capita para a Jornada Ampliada, que consiste em atividades de contraturno executadas por órgãos oficiais ou ONGs indicadas pela prefeitura.