O gerente adjunto de Programas da Comunidade do Caribe e Mercado Comum (Caricom), Edward Emmanuel, classificou o programa brasileiro de prevenção e tratamento de DST/Aids como um dos melhores do mundo, principalmente no que se refere à política de atenção aos portadores do vírus HIV. Edward Emmanuel é um dos 26 representantes da Caricom que, desde ontem (4) estão no Brasil, para conhecer a política de tratamento e combate à Aids e negociar ações de cooperação técnica. A comitiva permanece no país até o próximo sábado (9).

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Integram a Caricom 20 países da segunda região do mundo mais afetada pela Aids, depois da África Subsaariana. De acordo com relatório mais recente do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids), divulgado em dezembro de 2004, mais de 440 mil adultos e crianças vivem com o HIV na região do Caribe. A taxa de prevalência da doença entre adultos é de 2,3%, inferior apenas à da África Subsaariana, onde chega a 7,4%. No Brasil, essa taxa é de 0,6%.

"Essa visita é muito importante para identificar as necessidades dos países caribenhos e, com a experiência que o Brasil tem, tentar implantar programas de prevenção, de tratamento e, inclusive, de acesso a direitos humanos nos países que compõem a Caricom", explicou o gerente-adjunto da comunidade. Ele destacou que, em relação à Aids, a principal demanda dos países que compõem a Caricom é a redução dos índices de mortalidade em função da doença. "Ainda se morre muito de Aids no Caribe", disse Emmanuel que, nesta terça-feira (5), participou de reunião sobre recursos humanos na área de ciência e tecnologia, no Ministério das Relações Exteriores.

Ontem, a comitiva se reuniu com o diretor adjunto do Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids, Ricardo Pio Martins. Entre as iniciativas brasileiras que chamaram a atenção da comitiva estão a oferta e produção de anti-retrovirais, distribuição gratuita de preservativos e programas de redução de danos com usuários de drogas injetáveis. Segundo o Banco Mundial, o Brasil teria 1,2 milhão de infectados pelo HIV no ano de 2000. Mas hoje o Brasil tem, aproximadamente, 600 mil portadores do vírus HIV, de acordo com o Ministério da Saúde.

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