A secretaria municipal da Educação aderiu a 10ª edição da Previda – Prevenção-Educação-Vida, organizada pela Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania e promoveu nesta terça-feira (28), um debate sobre o papel da escola na prevenção ao uso indevido de drogas. O evento, realizado no Centro de Capacitação da secretaria, contou com a presença de professores e pedagogos das 167 escolas municipais de Curitiba.
Cerca de 200 profissionais da educação assistiram à palestra "Drogas: Escola e prevenção na perspectiva sistêmica", proferida pela doutora e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Araci Asinelli da Luz. Autora de pesquisas e estudos sobre o tema, a palestrante abordou diferentes aspectos sobre a drogadição e enfatizou a necessidade do educador trabalhar a prevenção de forma compartilhada.
"A eficiência das ações depende da presença educativa e da qualidade das relações oferecidas aos jovens. Não se pode trabalhar o uso de drogas em descompasso com o estado, a igreja, a família e a escola", disse Araci.
A pesquisadora ressaltou a importância dos profissionais da educação se conscientizarem sobre o papel assumido na formação das pessoas. "Precisamos nos tornar "experts" em gente. Não basta olhar o mecanismo das drogas e sim a qualidade de vida e a formação das pessoas", completou Araci.
Resultados
Depois de assistir a palestra, os participantes acompanharam a apresentação de resultados obtidos por professoras que desenvolveram projetos de prevenção e combate às drogas. Uma das experiências apresentadas foi desenvolvida no ano passado, pelas professoras Ana Manenti e Jaqueline Henschel com uma turma de 55 alunos da 4ª série do Centro de Educação Integral (CEI) José Cavallin, no Bairro Novo.
"A informação foi a peça-chave do nosso trabalho", contou Ana aos colegas de profissão. Segundo a professora, a comunidade carente da região estava carente de informações a respeito do problema que afeta dezenas de famílias da Vila Rio Negro.
"O projeto surgiu pela necessidade de abordar o tema com os alunos. Meninos e meninas nos procuravam para saber como lidar com o problema que, em algumas vezes, era vivenciado dentro da casa deles", conta Jaqueline.
O projeto evoluiu e neste ano terá continuidade com uma nova turma. "Com o apoio de internet, de letras de músicas e de atividades culturais como o teatro, estamos conseguindo explorar o tema que é importantíssimo para o bom desenvolvimento dos alunos", disse Ana Manenti aos presentes.
