As associações de professores e funcionários da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) divulgaram hoje (16) um comunicado no qual relatam a conversa que tiveram na terça-feira com o cardeal d. Cláudio Hummes, grão-chanceler da instituição.
No texto, eles dizem que d. Cláudio responsabilizou a reitoria pelo contrato de renegociação da dívida de R$ 82 milhões com os bancos e que, segundo ele, já estava previsto o corte de 30% da folha de pagamento. Sobre a intervenção da mantenedora, a Fundação São Paulo, determinada por ele, o cardeal disse que "a reformulação da Secretaria Executiva foi para não fechar a PUC".
A fala do cardeal se espalhou pela universidade e provocou polêmica – ele nega que tenha falado sobre a previsão de demissões e alguns professores disseram terem se sentido enganados.
No entanto, a reitoria afirma que o que constava era a obrigação de cortar 20% das despesas da instituição e que o contrato em nenhum momento citava demissões.
Hoje, a greve decretada por alguns centros acadêmicos, que provocou uma divisão nos estudantes, não conseguiu a adesão de mais alunos. A maioria optou por assistir às aulas.
