Brasília ? Os 23 professores brasileiros que estão no Timor Leste começaram a deixar o país após decisão do Ministério da Educação em conjunto com o Itamaraty. O país vive uma crise de violência após os conflitos entre policiais e forças militares. Todos eles devem ser deslocados para a Austrália.
Ontem, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o governo estava preocupado com eventuais riscos que professores brasileiros estavam correndo. De acordo com a gestora do programa no Timor Leste, Rosângela Cruz Ferreira, a ênfase dos cursos ministrados por brasileiros é na área de língua portuguesa. O país se tornou independente da Indonésia em 2002 e, entre 1975 e 1999, a população timorense ficou proibida de falar português. Hoje os idiomas oficiais são o português e o tétum.
De acordo com o Ministério da Educação, os professores que integram o programa ministram aulas, em português, de disciplinas como matemática, química e biologia, com o objetivo de qualificar docentes dos diversos níveis de ensino. Também participam de projetos e atividades de planejamento, como a criação de livros didáticos, em conjunto com representantes da Universidade Nacional de Timor Leste.