Professores avaliam custos de obras no Estado

Uma equipe de professores e alunos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) verificou 2.381 preços de serviços de engenharia civil praticados pelo governo do Paraná. Segundo o professor Mauro Lacerda, diretor do Setor de Tecnologia da UFPR, cerca de 70% dos serviços auditados têm o valor compatível com o cobrado pelo mercado. O resultado da pesquisa foi divulgado ao Comitê Revisor de Preços de Obras, nesta terça-feira (20), na sede da Secretaria Especial de Corregedoria e Ouvidoria Geral.

As comparações levaram em conta os valores das tabelas da Secretaria de Obras Públicas do Paraná e do Ceará e de Minas Gerais. Dentre os itens avaliados estavam os preços de operações como demolição mecânica de pavimento asfáltico e limpeza geral de uma obra.

Também foram definidos na reunião os próximos passos dos trabalhos do comitê. No início do ano que vem, o grupo fará novas reuniões para avaliação dos preços considerados discrepantes. Ao final, serão definidos os novos valores a serem incluídos na tabela do governo.

Ainda no começo de 2006, a equipe da UFPR começará o processo de auditoria dos serviços do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Além disso, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) dará início à pesquisa de preço dos insumos que são utilizados na construção civil.

Importância

O presidente do comitê e também secretário de Ouvidoria e Corregedoria Geral, Luiz Carlos Delazari, destacou que as atividades do grupo refletem a busca pela transparência nas ações da administração estadual. De acordo com ele, esses trabalhos buscam o preço justo e correto das atividades de engenharia civil do Estado.

Para o titular da Secretaria de Obras Públicas, Luiz Dernizo Caron, um dos pontos mais importantes das ações do grupo é criar uma metodologia que seja utilizada permanentemente e cujo objetivo final seja apresentar os preços mais justos para a sociedade.

?Este é o caminho pelo qual chegaremos a um consenso entre o pagador dos serviços, o executor das obras e a população?, observou o técnico Luiz Carlos Tomaschitz, da diretoria técnica do Sindicato da Indústria de Construção Civil do Paraná (Sinduscon).

Histórico

O comitê começou os seus trabalhos no início de 2005, depois de firmado um convênio entre a Secretaria de Corregedoria e Ouvidoria Geral e a UFPR, por meio da Fundação da Universidade Federal do Paraná para Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Cultura (Funpar). Desde então, já foram auditados mais de dois mil preços de operações de engenharia e construção.

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