Rio – A educação a distância tem crescido acima de 100% nos últimos anos no Brasil. A afirmação é do diretor executivo do Programa de Educação a Distância da Fundação Getúlio Vargas (FGV Online), professor Carlos Longo.

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Segundo ele, em termos de instituições credenciadas junto ao Ministério da Educação (MEC), o ensino a distância triplicou de tamanho de 2004 para 2005 e tem tendência de dobrar de novo em 2006. "Em termos de número de alunos, em cursos credenciados pelo MEC, já vai chegando a mais de 300 mil", afirmou Longo.

Ele destacou, entretanto, que, apesar dos avanços no setor, o país ainda apresenta deficiências em comparação com outros países, incluindo países em desenvolvimento, como a Costa Rica, por exemplo. Na Costa Rica, 80% dos lares têm internet com banda larga, enquanto no Brasil o índice é inferior a 20%.

De acordo com o professor, o fato de a sociedade brasileira aceitar o novo com facilidade é uma vantagem em relação a países da Europa, América do Norte e da América Central. Ele ressaltou que, embora tenha limitações de infra-estrutura, hoje, o ensino a distância atende no Brasil a Amazônia, o Norte e o Nordeste. "É um país de dimensões continentais que acaba incluindo um grande número de pessoas. Em termos de qualidade e de número de pessoas absolutas, ele tem se inserido no contexto internacional de uma maneira bastante significativa", afirmou.

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Pelo segunda vez, o FGV Online recebeu o prêmio de Referência Nacional em e-Learning, concedido pelo e-Learning Brasil. O prêmio será entregue durante o congresso anual da entidade, que começa amanhã (28) e vai até sexta-feira (30), em São Paulo.

Longo disse que a FGV trabalha com ensino a distância há seis anos. "A Fundação é uma instituição de ensino e pesquisa que se caracteriza pelo binômio tradição com inovação", afirmou. Como a entidade foi pioneira no Brasil em todas as áreas do ensino de administração, economia e direito nos últimos 60 anos, acrescentou o professor, não podia ficar atrás no uso da tecnologia na educação. Por isso, começou a trabalhar na linha de ensino a distância de internet e satélite, em nível de pós-graduação, ou educação executiva, também conhecida como educação continuada.

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De acordo com dados da assessoria de imprensa do FGV Online, atualmente mais de sete mil alunos estão matriculados nos cursos de ensino superior da instituição. No ano passado, as inscrições passaram de 18 mil.