Professor brasileiro sofre com o estresse

O reencantamento do professor foi o foco principal do 1.º Simpósio de Educação Privada realizado ontem, em Curitiba, pelo Sindicato dos Professores no Estado do Paraná (Sinpropar). O evento contou com duas palestras, uma delas do doutor em História Social e em Educação do Instituto Paulo Freire no Brasil, José Eustáquio Romão.

O presidente do Sinpropar, Sérgio Gonçalves Lima, disse que o objetivo do simpósio é unir os profissionais e fazê-los refletir sobre a importância da educação. ?Os professores da área privada têm mais proximidade com seus dirigentes, o que os tornam mais participativos. Já aqueles que trabalham na rede pública se afastam um pouco mais deles, naturalmente, o que dificulta o bom andamento dos trabalhos?, comentou.

Em sua palestra, o professor Romão falou sobre uma pesquisa que está sendo desenvolvida em 20 países sobre os impactos da globalização nos docentes. Segundo ele, são diversos os fatores que levam ao desencantamento, pois tudo depende da cultura de cada país, mas no Brasil um dos grandes problemas é o da saúde. ?Na Europa temos um problema que é o fenômeno da migração, que faz com que haja pessoas muito diferentes na mesma sala de aula. Já no Brasil, de norte a sul verificamos a presença da Síndrome de Bournet, que provoca um grande estresse nos professores. 40% dos professores brasileiros sofrem com a síndrome, que é o resultado do descompasso do que ele gostaria de fazer e o que realmente faz?, disse Romão.

A professora de Educação Física e pós-graduada em Metodologia do Ensino da Arte, Fátima Balthazar, promoveu um momento de interatividade, descontração e relaxamento durante o simpósio, por meio da música. Segundo ela, a classe docente tem níveis altos de estresse por conta da grande carga de trabalho e, por isso, talvez falte tempo ou até mesmo interesse em atividades que relaxem o corpo e a mente. ?A sensibilização vai lembrar a importância da qualidade de vida em todos os setores. Se você está bem de saúde, seus níveis de estresse caem?, afirmou a professora.

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