O alto custo dos royalties para a Monsanto, a baixa produtividade na colheita,
deságios na comercialização e dificuldades para vender grãos geneticamente
modificados para os grandes mercados mundiais são os motivos que estão levando
os produtores paranaenses a rejeitarem a utilização de sementes de soja
transgênica. A posição de uma das lideranças rurais do Paraná, Luiz Eduardo
Pilatti Rosas, caracteriza a tendência de rejeição à soja transgênica.
Produtor rural e presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais,
Pilatti Rosas descartou a hipótese de cultivar soja transgênica, explicando que
não tem problemas com ervas invasoras em sua produção e que a remuneração da
soja transgênica não é favorável ao produtor: ?Ainda não estou vendo o custo
benefício, não ganho nada para plantar transgênico. Ao contrário, tenho tido
notícias de deságio na hora de vender o produto. O mercado ainda não está muito
claro?, afirmou.
Pilatti Rosas está aconselhando cautela para os
produtores na hora de optar pela soja transgênica. ?Este ano está sendo muito
difícil. O agricultor já vai plantar no limite dos recursos e não pode correr
riscos. Aconselho aos produtores que pensem e reflitam se esse é o momento
adequado para se arriscar?, advertiu.